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domingo, 15 de janeiro de 2012

Cuidado na Comunicação

   
Na bíblia eletrônica:
Ef 1.21 muito acima de todo principado, e autoridade, e poder, e domínio, e de todo nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro;

Na bíblia versão João Ferreira de Almeida Revista e Corrigida:
Ef 1,21 acima de todos principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro.

Na bíblia versão João Ferreira de Almeida Revista e Atualizada:
Ef 1.21 acima de todo principado, e potestade, e poder e domínio, e de todo nome que se possa referir não só no presente século, mas também no vindouro.

Na bíblia versão Católica recomendada pelo Vaticano:
Ef 1.21 acima de todo principado, potestade, virtude e dominação, e de tudo que se tem nome, não só neste século como também no futuro.

Na bíblia versão João Ferreira de Almeida edição Contemporânea Revisada:
Ef 1.21 acima de todo principado, autoridade, poder, domínio e de todo nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro.

Na bíblia versão italiana:
Ef 1.21 al di sopra di ogni principato e autorità, di ogni potenza e dominazione e di ogni altro nome che si possa nominare non solo nel secolo presente ma anche in quello futuro.
Tradução: acima de todo principado e autoridade, de todo poder e domínio e de todo nome que se possa nomear não só no século presente mas também naquele futuro.

Na bíblia Vulgata:
Ef.1.21 supra omnem principatum et potestatem et virtutem et dominationem et omne nomen quod nominatur non solum in hoc saeculo sed et in futuro.
Tradução: acima de todo principado, potestade, virtude, dominação e de todo nome que possa haver neste mundo como no futuro.

Na bíblia Nova Tradução na Linguagem de Hoje:
Ef 1.21 Cristo reina sobre todos os governos celestiais, autoridades, forças e poderes. Ele tem um título que está acima de todos os títulos das autoridades que existem neste mundo e no mundo que há de vir.


Coloquei algumas versões diferentes para comparação de como pode ter uma pequena diferença na maneira de escrever, de expressar de cada pessoa. Na bíblia ainda fala sobre “potestades do mal”e “potestades celestiais”. Potestade, segundo a Pequena Enciclopédia Bíblica de Orlando Boyer significa: aquele que tem grande poder ou autoridade. E Segundo a Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia, no vol. 5, poder consiste na capacidade de agir; é a potência; é uma virtude mediante a qual uma pessoa ou uma coisa pode tornar algo uma realidade. Poder é capacidade em potencial; é força ativa em operação; é o direito de ser ou de fazer alguma coisa; é qualquer forma de energia. Deus é o Ser Todo-Poderoso (onipotente), sendo ela a fonte originária de todos outros estados e atos de poder.

Já ouvi em pregações usar o termo “potestade” para se referir a “potestade do mal”, durante a pregação, o pregador, constantemente fala “potestade” quando na verdade deveria dizer “potestade do mal”, mas prestando atenção ao contexto temos certeza que se trata de potestade do mal, então houve erro do pregador? Onde o pregador errou? Ele não errou, não há erro nos seus dizeres, mas pode acontecer que se uma pessoa entra no meio da pregação ouve apenas o termo “potestade” associar a potestade do mal, quando na verdade potestade significa poder, se é do mal ou do bem, cada a nós deixarmos claro isso.

A comunicação é algo tão obvio para nós que nem pensamos mais nisto. Só quando acontecem interferências, seja através das reações de nossos interlocutores ou de nossos insucessos, nos lembramos de pensar em meios de nos comunicarmos de forma diferente para alcançar o objetivo almejado. Comunicação é o processo de interação que resulta na construção de um significado comum entre dois seres, mas só há comunicação quando os significados são compartilhados.

Temos que observar os seguintes subfundamentos que orientam uma boa comunicação:
- Linguagem apropriada facilita as relações: Quando se for argumentar ou contra-argumentar deve-se ter consciência de que existem diferentes níveis de conhecimento da linguagem. Ao se manter um diálogo deve-se cuidar do vocabulário, facilitando a interpretação e a constituição de um significado;
- Ouvir tende a ser mais produtivo que falar: Quando num diálogo não se pratica a audição ativa, tende-se a elaborar falsos juízos de valor que podem estar em completa dissonância com a realidade. A carência de audição inibe a oportunidade, e perde-se muitas oportunidades de solucionar litígios simplesmente porque o interlocutor estava preocupado em defender o seu ponto de vista a entender a razão alheia. Deve-se ouvir não apenas com os ouvidos mas com os olhos;
- É mais produtivo discutir os referenciais do que contestar o interlocutor: Quando o interlocutor está mais preocupado em derrotar ideias do que clarear as suas, nessa situação, o emocional passa a comandar o diálogo reduzindo o alcance do racional, e nenhuma conversação poderá prosperar com o racional asfixiado. Não permita que nada tenha influência sobre você além do que você permita por meio dos seus pensamentos conscientes;
- A objetividade facilita a obtenção de um consenso final: uma das formas de facilitar a comunicação é a objetividade, mas não é facilmente conseguida, muitas pessoas são dotadas de subjetividades, divagações e de prolixidades. Esta normalmente ocorre quando a pessoa não está preparada para discutir um assunto, ao ser questionada sobre o referencial que está utilizando, ela normalmente tenta proteger-se dizendo que “ é o que existe na prática”, “isso não tem explicação” , “ na prática a teoria é outra”. O olhar evasivo, as pupilas contraídas são posturas que expressam esse tipo de comportamento. Quando confrontados, inesperadamente, tendem a comunicar mais pela emoção do que pela razão, surge assim o conflito;
- A expressão corporal tende a comunicar mais que a linguagem verbal: quando em grupo, nossa linguagem corporal anseia por afirmar o nosso eu. A expressão corporal é a demonstração daquilo que pensamos e sentimos. Quando a expressão verbal e a expressão não-verbal caminham lado a lado na consecução dos significados o objetivo da comunicação é mais facilmente atingido. Muitas vezes podemos obter o feedback observando a expressão corporal, ela pode estar refletindo a nossa performance na comunicação. Se estiver no rumo certo, o corpo emitirá sinais de aprovação como descontração de postura, olhar suave pupilas dilatadas entre outros.

Ao analisar o conceito de comunicação pode-se observar três itens importantes:
1- a comunicação envolve pessoas e compreender a comunicação, portanto, é tentar entender como as pessoas se relacionam com as outras;
2- a comunicação envolve significados compartilhados, para se comunicar as pessoas tem de se entenderem;
3- a comunicação é simbólica significa que gestos podem sugerir as ideias que eles tendem comunicar. A comunicação, justamente por envolver símbolos, gestos, pode-se também sugerir o significado errado de alguma coisa.

Como a comunicação envolve um receptor, que é a pessoa que recebe a mensagem e esta utiliza sentidos para captar a mensagem do emissor, surge daí barreiras à comunicação interpessoal eficaz, essas barreiras são:
1- Percepções diferentes: pessoas com conhecimentos e experiências diferentes costumam perceber a mesma ideia sob ângulos diferentes;
2- Diferenças de linguagem: para que a mensagem seja adequadamente comunicada, as palavras devem significar a mesma coisa tanto para o receptor quanto para o interlocutor;
3- Ruído: o ruído é qualquer som que confunda ou interfira na comunicação;
4- Reações emocionais: as emoções como raiva, amor, ódio, autodefesa, medo, vergonha, ciúmes, influenciam o modo de como o receptor recebe a mensagem do interlocutor;
5- Inconsistência nas comunicações verbais e não-verbais: como já dito anteriormente, existe a comunicação verbal, e não-verbal, elas têm de estar em sintonia, deve prestar atenção a detalhes como postura corporal, roupas, gestos, expressões faciais, e ainda na distância que o interlocutor está do receptor enquanto se comunica;
6- Desconfiança: a confiança ou desconfiança que o receptor tem na mensagem depende, em parte, da credibilidade que ele atribui ao emissor.
A comunicação é muito importante para a efetiva integração de qualquer grupo. Para que a Palavra de Deus seja levada de maneira correta e não deixar margem a dúvidas é necessário que se use algo além da linguagem comum. Conclui-se que as pessoas e grupos possuem diferentes experiências e situações sociais, diferentes modos de pensar e diferentes maneiras de encarar as coisas, o que pode às vezes dificultar a comunicação.

Há necessidade que sejamos precisos quando falamos, para exemplificar o problema de não ser bem preciso quando falamos sito a expressão “cuspido e escarrado”. Usamos essa expressão quando nos referimos a uma pessoa que é igual a outra, por exemplo quando falamos do filho com relação ao pai dizemos: ele é o pai cuspido e escarrado, ou seja ele é igual ao pai. Como pode uma expressão tão feia e nojenta querer dizer isso? A resposta é que no Brasil colonial, os barões do café contratavam artistas para esculpirem seus bustos, num sinal de pompa. Para retratar fielmente o barão, era exigido que sua imagem fosse esculpida em mármore de carrara, famosa pedra italiana conhecida por ser o mármore mais duro que existe. A estátua, que ficava realmente muito parecida com o ilustre modelo, deu origem à expressão “esculpido em carrara”. Acontece que, (percebam aqui ruídos que podem interferir na comunicação) da cozinha, os criados acabaram distorcendo-a para “cuspido e escarrado”. A nova – e bem mais nojenta – versão acabou pegando.



Para meditação:

Apocalipse 22.18
Eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro: Se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus lhe acrescentará as pragas que estão escritas neste livro.