Marcos 16.15-16
E disse-lhes: Ide por todo o
mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for
batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.
Para constituir o seu povo na Terra,
o Senhor Jesus estabeleceu a Igreja, o seu corpo místico (Ef
1.22,23). A Igreja do Senhor Jesus é composta de pessoas que se
arrependeram de seus pecados e, pela fé, aceitaram a Jesus como seu
único e suficiente Salvador. Entretanto, o sinal de ingresso e
identificação do novo crente na igreja local é a sua obediência
às ordenanças de Jesus à igreja: o batismo em águas e a Santa
Ceia.
O QUE É BATISMO
1. Sentido literal.
Na língua original do Novo Testamento, o grego, a palavra batismo
(baptizō) significa “imergir”,
“mergulhar”. Vários textos do Novo Testamento mostram que o
batismo era efetuado em águas abundantes de rios, lagos ou mares, ou
algum outro local com água suficiente para imergir a pessoa
que desejasse ser batizada. Jesus, quando dirigiu-se a João Batista
para ser batizado, foi conduzido pelo profeta para dentro do rio
Jordão (Mt 3.13-17; Mc 1.9-11; Lc 3.21,22; Jo 1.32-34). Nos Atos dos
Apóstolos, que contém a história inicial da igreja, o mesmo
procedimento do batismo por imersão é registrado em diversas
passagens: At 2.41; At 8.36-39; 9.18.
2. O sentido litúrgico.
O Novo Testamento estabelece apenas duas ordenanças que, embora não
salvem, testemunham da graciosa salvação mediante a fé em Cristo
Jesus. Essas ordenanças são também símbolos que expressam a nossa
fé e comunhão com Cristo, a saber: o batismo em águas por imersão
e a Santa Ceia. Essas duas instituições são chamadas pela igreja
de ordenanças, porque foram ordenadas por Jesus (Mt 28.19;
26.26-28; Mc 16.16). Os discípulos cumpriram a ordem do Senhor
Jesus, batizando os novos crentes, conforme o mandamento de Cristo
(Mc 16.20; At 2.41; 8.12,13,36-39; 10.47).
II. A IMPORTÂNCIA DO BATISMO POR
IMERSÃO
O batismo cristão não salva, não
lava pecados e não complementa a salvação. Somente a obra
expiatória de Cristo consumada no Calvário salva e purifica o
pecador de seus pecados (Hb 2.17; Ef 1.7; 1 Co 15.3). No entanto, o
batismo em água por imersão é um testemunho público da nova vida
em Cristo assumida pelo batizando.
1. A forma do batismo.
Ao tratar do batismo, a Bíblia é incisiva ao demonstrar que o
convertido deve ser imerso na água (At 8.36) como um sinal físico e
visível de sua fé. Portanto, o batismo além de requerer muita água
(Jo 3.23), também condiciona que, tanto o que batiza, o oficiante,
quanto o batizando, o candidato, desçam à água (At 8.38). A
linguagem bíblica empregada na simbologia do batismo em Romanos 6.4
e Colossenses 2.12 implica imersão total.
2. A autoridade para batizar
e a fórmula do batismo. Muitos não percebem estes dois
fatos da doutrina do batismo e trabalham de forma errada.
a)
Autoridade. A ordem divina para batizar, bem como a
fórmula do batismo, temo-las a partir de Mateus 28.19: “Batizando-as
em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”. O “nome”, de
acordo com a cultura hebraica, está relacionado com “autoridade
concedida”, como ocorre até hoje no dia-a-dia. “Em nome”
fala-nos do direito concedido por Jesus aos seus ministros para
efetuarem o batismo de acordo com a ordenança divina. Os textos de
At 2.38; 8.16; 10.48 e 19.5 enfatizam a autoridade para batizar “em
nome de Jesus”.
b) A
fórmula. Ainda em Mateus 28.19, encontramos a fórmula
do batismo na expressão: “do Pai, e do Filho, e do Espírito
Santo”, pois a salvação procede do Pai que a planejou; do Filho,
que a consumou; e do Espírito Santo que tanto efetuou a encarnação
do Filho, como também aplica a salvação ao homem. A fórmula
tríplice do batismo é uma maneira de ressaltar a Santíssima
Trindade: O Pai, o Filho e o Espírito Santo. No entanto, os
unitaristas deturpam e negam a doutrina da Trindade de Deus. As
Escrituras, porém, ensinam que Deus é uno e ao mesmo tempo triúno,
isto é, Deus o Pai, Deus o Filho, e Deus o Espírito Santo.
III. AÇÃO INTEGRADORA DO BATISMO
NA VIDA DA IGREJA
1. A prática do batismo no
início da igreja. O dia de Pentecostes, com o derramamento
inicial do Espírito Santo na vida dos discípulos de Jesus,
assinalou também o nascimento da Igreja depois da pregação de
Pedro, quando, naquele mesmo dia, foram batizadas quase três mil
pessoas que se agregaram a nova igreja (At 2.37-41). No entanto, o
batismo em águas não é pré-requisito para receber o batismo com o
Espírito Santo. Na casa de Cornélio, toda a sua família foi cheia
do Espírito e falou em outras línguas e, a seguir, foi batizada em
água (At 10.44-48). Naturalmente, uma pessoa que aceita a Cristo
como seu Salvador e Senhor não deve ficar alheia à vida da igreja e
ao batismo em água. Este, além de ser uma ordenança, objetiva
integrar o crente ao Corpo de Cristo (At 2.41).
2. As realidades espirituais
figuradas no batismo. O batismo em água é uma
identificação pública do crente com Cristo, o seu Salvador, em
que:
a) A descida do candidato às águas
fala da nossa morte com Cristo;
b) A imersão nas águas está
relacionada com o nosso sepultamento com Cristo;
c) O levantamento das águas
representa a nossa ressurreição com Cristo em novidade de vida (Rm
6.3,4).
Portanto o batismo em água é a
porta de entrada para agregar-se à igreja visível, terrena e local.
Portanto, é indispensável que todo convertido a Cristo seja assim
batizado e integrado à vida da igreja cristã local. O batismo não
salva, no entanto, todos os que creem em Jesus para sua salvação
pessoal desejam descer às águas batismais em cumprimento ao mandato
de Jesus (Mc 16.16).
Para meditação
Atos 2.38-42
E disse-lhes Pedro:
Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus
Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito
Santo.
Porque a promessa vos diz
respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a
tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar.
De sorte que foram batizados os
que de bom grado receberam a sua palavra; e, naquele dia,
agregaram-se quase três mil almas.
E perseveravam na doutrina dos
apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.
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